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sábado, novembro 27, 2010

Quanto às flores


Eu espero, de verdade, que a flor que tu me deste aquele dia nunca murche. Espero que suas pétalas nunca caiam, que sua cor não desbote, que ela não pareça seca. Espero que assim também seja o que sinto por ti, imutável. Desejo que não seque, não murche, não desapareça, não morra. Tudo bem, não precisa ser eterno. Afinal, eu não espero milagres. Mas que ao menos seja bonito enquanto durar, e quando houver de desaparecer, que não deixe muitas perguntas pelo caminho, ou pedaços mal resolvidos para serem esmagados. Que vá embora sozinho, sem precisar de esforços, e não deixe espinhos para nos ferir. Mas por enquanto, eu só preciso pensar no agora, e tudo que agora eu quero é que essa flor seja forte, mesmo se eu esquecer de regá-la por um dia, espero que ela sobreviva às minhas imperfeições.

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